No dia 06 de junho de 2021, foi realizado
pela associação União Caatinga uma trilha de prospecção em um rio que corta o
município de Pedra Lavrada. Vamos apresentar algumas das belezas e curiosidades
encontradas nessa inesquecível viajem.
Encontramos belas paisagens ao nosso
redor, ambientes com fauna e flora exuberantes.
Craubeira tombada pelas aguas no percurso do rio.
Fonte: União Caatinga, 2021.
Esse Angico, mostrava seu verde nas folhas e seus espinhos intimidadores no tronco.
E como é conhecido, os rios de regiões
semiáridas passam a maior parte do ano sem água no seu curso, com apenas alguns
pontos onde a água fica represada em fendas nas rochas.
De
embasamento cristalino o Seridó da Paraíba e Rio Grande do Norte é rico em
belezas naturais, e nesses ambientes são encontradas gravuras rupestres que são
marcas tribos indígenas que viviam nas proximidades e se adaptaram as condições
adversas da caatinga e tinham o leito dos rios como fonte de água e alimento
nos períodos de seca. Nesta expedição também foram encontradas gravuras,
acreditamos que algumas dezenas delas (veja na Figura 1).
Gravuras em baixo relevo, da tradição Itacoatiara, encontradas na
expedição. Pedra Lavrada PB.
A pouca chuva que hoje representa o
Nordeste Brasileiro, é uma condição relativamente nova para o relevo da região,
pois “-Em períodos passados representava um lugar onde chovia-se em abundância,
isso pode ser comprovado tendo em vista grandes matacões rolados para dentro
dos rios e também pelas grandes marmitas[1]
que não vemos se formando em nosso tempo” relata Emanuel Cordeiro membro do
grupo e professor de geografia.
[1] Buracos verticais redondos na rocha, formados pelo atrito da água carregada de sedimentos no leito dos rios.
Oque acontece é que se formam, por baixo
desses grandes blocos rochosos, Cavernas. Sim! São cavernas em um ambiente de
rochas cristalinas, onde o rolamento de blocos de xisto e granitoides para
dentro do cânion do rio, formou uma estrutura onde as rochas atrapalharam o
curso da água, que foi sendo obrigada a se movimentar por baixo desses blocos.
As
setas amarelas indicam o sentido da queda dos blocos, e a seta vermelha indica
o amontoamento dos blocos. As cavidades ficam a baixo desses blocos.
As cavidades ficam no percurso internos, a
cerca de 7 metros de profundidade em relação a superfície, que se estendem por
cerca de 80 metros entre trechos apertados e perigosos. Na maior parte do
percurso interno, humanos conseguem andar com relativa facilidade, mas em
outros foi necessário o apoio de cordas e rapel, o que deixou a aventura ainda
mais instigante.
Dentro do salão principal de uma das
cavernas encontra-se um pequeno lago de água cristalinas um pouco iluminado
pelo sol que passa por frestas das rochas. Mas o ambiente proporciona um banho
muito prazeroso, numa água limpa e revigorante.
Encontramos muitos detalhes dentro das
cavidades, mas um nos chamou mais atenção: algo muito parecido com pequenas
algas ou musgos que quando iluminados pela luz das lanternas reluzia, e na
filmagem de nossas câmeras reluzia mais ainda. Detalhe que não sabemos do que
se trata (não se trata do mineral Mica).
Vista interna da entrada de uma das cavernas que
se estende por algumas dezenas de metros.
Fonte: União Caatinga, 2021.
Estruturas semelhante a algas que refletem luz no teto da caverna.
Fonte: União Caatinga, 2021.
As
atividades de reconhecimento do local ainda continuarão, e convidamos você que
é cientista da área estudar o local conosco.
Veja também o vídeo no nosso canal do youtube.





